As autoridades ucranianas impuseram um recolher obrigatório em Kherson e restringiram as entradas e saídas da cidade enquanto o Exército continua a avaliar a situação de segurança da cidade. O principal receio é de que a tropa russa tenha deixado minas e armadilhas escondidas em casas e outras infra-estruturas.
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Ao contrário de cidades como Mariupol , onde houve uma feroz resistência à invasão, a entrada russa em Kherson fez-se sem grandes combates e a grande maioria dos edifícios da cidade continua de pé, até porque os ucranianos seguiram uma estratégia de bombardeamentos de precisão, tentando evitar as perdas civis.
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Apesar disso, o fornecimento dos serviços básicos como electricidade, água e aquecimento estão gravemente afectados. «A necessidade mais crítica é água, porque praticamente não há abastecimento à cidade», disse um assessor da autarquia de Kherson, Roman Golovnia, a uma televisão ucraniana. «Não há medicamentos suficientes, não há pão suficiente – não pode ser cozido porque não há electricidade», enumerou.
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O governador regional, Iaroslav Ianushevich, anunciou a distribuição de lenha e fornos pela população, enquanto estão a ser preparados comboios com outra ajuda humanitária, como alimentos e medicamentos.
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«As forças de ocupação russa e os seus colaboradores fizeram tudo o que lhes foi possível para que as pessoas que permaneceram na cidade sofressem o mais possível», acusou Roman Golovnia. Já Ianushevich alertou que «o inimigo minou todas as principais infra-estruturas»
Por esse motivo, o acesso ao rio Dniepre estará vedado à população civil pelo menos durante toda a semana e os residentes são obrigados a manter-se em casa entre as 17h e as 8h
Na sua comunicação ao país no sábado à noite, Volodymyr Zelensky acusou os russos de terem destruído «todas as infra-estruturas fundamentais» de Kherson e de operarem da mesma forma em todas as zonas que ocupam. «Mas nós vamos restabelecer tudo, acreditem em mim», disse o Presidente da Ucrânia